Chaves Nogales foi um escritor e jornalista espanhol da década dos 30.
Naquela época se praticava um jornalismo presencial, a chave para aspirar à verdade era simples: "Visitar, Observar y Contar" esta frase, atribuída ao autor de A Sangre y fuego, livro que recomendo veementemente aos amigos que tenham interesse na Guerra Civil Espanhola, vem à tona em todos os departamentos das faculdades de jornalismo e também nos códigos deontológicos dos meios de comunicação, atingidos por uma grande crise de credibilidade, o da Posverdad.
A Posverdad é uma tentação, normalmente é barata e está baseada em atos de fé
Quando se trata de Posverdad, porém, é necessário realizar um exercício crítico individual e sincero, opinar é simples e a construção de um relato baseado no recanto da confirmação informativa (lemos, assistimos, consumimos a informação que revigora a nossas ideias, não necessariamente a verdade) faz com que o mito de que só o outro mente através de uma enteléquia de fatos inventados não se sustenta. A Posverdad é uma tentação, normalmente é barata e está baseada em atos de fé (observações transmitidas dezenas, centenas de vezes) que no final, originam realidades fictícias deturpadas.
Manuel Casado Velarde
A solução para toda Posverdad que habita em cada um de nós e pular para a rua, como dizia meu querido e saudoso professor e catedrático emérito de la Academia de la Lengua, Manuel Casado Velarde, mais, conversar com os velhos, aqueles que não precisam manipular porque já não mais têm tempo de mostrar nada além do que são para ninguém.