Existe a possibilidade de não pagar impostos, ou, por motivos pessoais, tentar pagar os menos possíveis. Sempre há justificativas, todas razoáveis e bem construídas, às vezes ideológicas, outras, com muita lógica e demonstrativos. Também a de não pagar as pessoas que trabalham em tarefas de pouca qualificação oferecendo-lhes um cafezinho, por exemplo, que é uma maneira muito bonita de agradecer um trabalho que normalmente se remunera com dinheiro, mas que não se faz, ou relativamente, por uma questão, não é fácil explicar, cultural? Também é normal considerar que na hora de receber, sempre é pouco, mas ao mesmo tempo, é muito, qualquer coisa, na hora de pagar. Com o dinheiro há como dois times irredentos, curiosamente só muda o ponto cardinal.
E finalmente existe a possibilidade direta de não pagar. Na Espanha, um país que vive na rua, fala alto e trafega na base da confiança existem os Simpas, que são pessoas que se aproveitam da confusão que normalmente gera a cerveja e a alegria subsequente nos bares e Terrazas para num momento determinado se levantar da mesa e sem mediar palavra sumir sin pagar la cuenta (simpa, -m antes de –p, sempre).