Existe a possibilidade de ignorar a realidade, isso acontece com a dos moradores de rua, um ato incívico completamente assumido pelas sociedades modernas.
Quando pessoas são as atingidas, dói mais. Ou menos. Não tenho certeza de se o paulistano adoece pelos 29000 moradores de rua (morador de rua foi um neologismo que substituiu a indigente, mendigo em espanhol) da grande cidade ou os madrileños pelos 500 (dormem nos bancos), e quais os motivos reais de preocupação, quase todos universais, certamente pouco tangíveis, que ordena as mentes contemporáneas.
Os moradores de rua existem, porém, a nomenclatura PsH (Personas sin Hogar) que a dialética está sugerindo para denominá-los não ajuda em nada se queremos visibilizar o problema e diminuir esta catástrofe urbã cada dia mais acuciante. As pessoas não são siglas.