O consenso da língua espanhola no cenário mundial é surpreendente, um dia fomos um país, falávamos, entre outras, uma franca, eis aqui uma das possíveis explicações. Na independência de México, porém, só 20% da população era hispano-falante, o resto conservava uma das mais de 60 línguas autóctonas do provavelmente o mais complexo de todos os que compõem este incrível universo hispano americano.
Perdido numa rua de Lima um jovem em cadeira de rodas que vendia balas (às 4 horas de manhã) me perguntou Si estaba preocupado. O normal poderia ter sido ¿Te puedo ayudar? ou ¿Estás perdido? Achei estranho mas percebi que o espanhol peruano procurava primeiro uma empatia pessoal para depois abordar o assunto principal. Jamais poderia acontecer na Espanha onde o mais importante è abordar o assunto principal e depois, se for o caso, procurar a empatia pessoal secundária.
América Central lhe chama a atenção à Espanha, ¿Por qué habláis golpeao?, quer dizer, qual o motivo para gritar tanto, não dá para ser um pouco mais educado? (o grito é confundido com grosseria, no Panamá. Não na Espanha). E tudo é espanhol.
Pode se afirmar, de maneira inédita, que seu dono (do espanhol), somos todos.