Cuba é um mundo à parte, todos os mundos o são também, neste, a evidência não admite interpretação, porém, dentro dela, um paraíso para alguns, a antessala do averno para outros.
De todos as tipos humanos (existe o burocrata, o melódico herdeiro de Buenavista Social Club, a matrona negra fumando um cohiba, as jineteras...) sobressai el chivato, ele se caracteriza por usurpar a intimidade do bairro espionando (e delatando) movimentos estranhos além do previsto.
Em Cuba, el chivato cumpre à perfeição esta função, um wokismo caribeño cheio de revolução adotado pela metade da ilha, que delata a outra metade,
Lembra um pouco a Calvino, em Genebra, consumir geleia, pecado, era necessário abrir as cortinas das janelas para que tudo fosse bem transparente perante as autoridades, que andavam na rua procurando desvios.
Em Cuba, el chivato cumpre à perfeição esta função, um wokismo caribeño cheio de revolução adotado pela metade da ilha, que delata a outra metade, a censura popular, o dedo acusatório gera um país em que, apesar das maracas e a aparente espontaneidade de uma das metades, ninguém confia em ninguém.
Vídeo: The Spartan Vlog