Segundo Villanueva Fernández / São Paulo, 14 de Junho de 2023
Quando Maria Kodama, mulher de Borges, visitou a Letraviva de Bernardo e Graciela alguns anos atrás, o maior de todos desceu à terra e se incrustou na nossa família hispanoamericana paulistana de maneira até certamente caseira.
Borges é Borges, e o resto de mestres (Cortázar, Sábato) nos oferecem literaturas excelentes, algumas divertidas (Historia de Cronópios y de Famas, Cortázar, lúdicas, Rayuela), ou claustrofóbicas (El túnel, Sábato), imprescindíveis.
Borges vai além relacionando mitologias com plástico, tradições gaúchas, facas e a Bíblia a través de um relato que esgota o fôlego, é necessário parar. Bernardo Gurbanov aconselha deglutir os contos. manda imediatamente procurar um vazio sagrado (que difícil é combinar com si mesmo na monotonia certamente alineada de cada dia) para recuperar o relato borgiano e poder contar numa sexta-feira à noite aos amigos a façanha de que um dia Borges visitou a nossa casa e desde então é um convidado inevitável do nosso lar espiritual.