Segundo Villanueva / São Paulo, 21 de Novembro de 2022						
					
					                    
	
		 
	
	 
                    
					                    					
                    
					
					
                    
                
            
	
Segundo Villanueva Fernández / São Paulo, 21 de novembro de 2022
		A escatologia é propícia para eufemismos.  No que se refere ao nobre e democrático hábito de ir no banheiro existem múltiplas alternativas, procurando sempre fugir da realidade pura (e dura, às vezes).  Num momento determinado o espanhol optou por importar de fora o que não se queria nomear de dentro, como expulsando da lexicografia termos menos nobres, reservando aos estrangeirismos as vergonhas, suspeito que para mostrar o puro e virginal da língua, sem mácula, só em aparência, claro.  Quanta polêmica deu o Váter (do inglês) para o escusado, tanta, que num momento determinado, e quando a higiene se expandiu à partir dos 50 se incorporou outra mais preponderante e sonora, Retrete (do francês), que a minha avó, que nunca estudou sempre a usava com a categoria própria das pessoas educadas e cheias de urbanidade (naquela época se ensinava respeito e educação).  Entre Lavabo, Baño ou Váter, prefiro sem dúvida a minha avó e seu sonoro e crepitante Retrete francês.

 
    
 
           
           
           
           
           
           
          