Segundo Villanueva / São Paulo, 28 de Dezembro de 2021
Comunicação. São Paulo, 28 de dezembro de 2021
Existem muitos amores, a Petrofilia é um de tantos, não é outra coisa que a paixão pelas pedras.
Dentro deste pétreo mas doce arrebatamento aparecem devaneios, amoricos e namoros descarnados, como o hábito de recopilar pedras de distintos tamanhos e cores, formas e texturas, brilhos e opacidades em gavetas, cómodos ou guarda roupas e a vontade inevitável e subsequente de mostrá-las às visitas.
Mas o caso que mais me chama a atenção é o culto à restauração de murais em igrejas antigas onde existem numerosas pinturas que precisam ser recuperadas para devolver seu aspecto originário.
Na Espanha habitam autênticos místicos desta devoção, e como me chamou a atenção perguntei à Academia da Língua Espanhola qual o motivo de não existir uma entrada para Petrofilia no DLE. Quer dizer, o amor à pedra existe, porém, não correspondido no dicionário, um amor sem voz, e me responderam que não havia muitos que procuravam por ela no CORPES (o corpus que reúne estatisticamente todas as consultas no DLE) e que eu era um dos poucos, mas que de qualquer maneira me levariam em conta e que depois de aproximadamente 7 anos voltaríamos conversar em caso de haver mais algum como eu perguntando por ela, o qual poderia motivar sua entrada no olimpo lexicográfico do Dicionário da Língua Espanhola da RAE.
Senti-me importante tentando inventar palavras e adotando-as para sua entrada no dicionário, dois dias atrás vi uma reportagem em português que falava da Biofilia em interiores...
Segundo Villanueva Fernández
