Com compromissos cada vez mais aleatórios imersos num individualismo até certamente prosaico o vínculo humano transita por semânticas cada vez mais ténues, antigamente o relacionamento entre duas pessoas aspirava a um estágio superior, a grande notícia era revelada por um Noviazgo (novio) a palavra almejando o destino, quer dizer, o matrimónio, um estágio de segurança prolongando a família natural na política. Hoje, os laços mais discretos oferecem alternativas pop como Compañero, alguém que está, mas não necessariamente para se embarcar num projeto comum cheio de tempestades e incertezas, ou sim. Amigo, sustantivo adocicado porque oferece inevitavelmente em si uma literatura histórica, escrita e falada, de fidelidade, pode-se afirmar que seria, entre todas a que mais longe está de qualquer mácula ou pecado. Para concluir com a Pareja, a mais ambígua e provavelmente mais perentória de todas.