Segundo Villanueva / São Paulo, 20 de Fevereiro de 2023						
					
					                    
	
		
			 
		
					
					
                    
                
            
	
Segundo Villanueva Fernández. São Paulo, 20 de fevereiro de 2023
			Tenho a impressão de que para um argentino todo mundo é um boludo.  O mundo é uma bola gigante de imperfeições, se há um boludo misantropo nela, esse é o argentino, não é para confiar no congênere jamais.  E o raciocínio básico seria o seguinte: como todo mundo cometeu alguma boludez na vida, para que disfarçar hipocritamente os estados imperfeitos à base de perfeição impostada, primeiro, que o ser humano é uma corrida contra as paixões elementais, com todas as consequências que acarretam (principalmente em privado).  E é neste momento que o argentino pensa: uma vez que você ultrapassou essa fina fronteira entre a perfeição e a boludez (é uma questão de tempo que a segunda triunfe), podemos considerar que já seremos boludos para sempre, não adianta tentar se redimir, é necessário abandonar a ideia de que há conserto para isto tentando fugir deste inevitável e humano destino:  beba sua Quilmes e torça pela Argentina. 
	

 
    
 
           
           
           
           
           
           
          