Um treinador brasileiro institucionalizou uma frase que os jornalistas adoravam. O ignoto, o desconhecido, o azar, o destino era uma caixa de surpresas quando o time suspendia a bola no meio da área, aí confluíam 20 ou 21 homens lutando para conquistá-la, no meio surgiam cotoveladas, empurrões, cusparadas, puxões, palavrões, ameaças, gozações e todo tipo de aventuras próprias da luta pela supervivência. A famosa frase era "jogar a bola na confusão", e o treinador, Wanderlei Luxemburgo.
El lío (confusão, bagunça) lembra um jogo de futebol dentro de uma área caótica onde é necessário botar ordem no caos, é certamente frustrante não saber o que vai acontecer amanhã, mas também um signo de maturidade própria dos adultos que entendem que os dias e seus roteiros, são definidos por uma mão invisível que nos mantém, no final de contas, vivos: el lío.