Qual o formato de livro a oferecer?
Esta pergunta está vindo à atualidade uma vez que os professores que compõem a equipe de qualquer instituição provêm de várias nacionalidades.
Existe um problema de adequação mas também, não podemos ignorá-lo, político.
Se optamos por uma versão neutra corremos o risco de artificializar o espanhol, fazendo com que ele seja asséptico demais, isento do calor próprio da vida, não podemos esquecer que somos transmissores de tráfego linguístico, não só de regras e suas associações, máxime quando se faz uma seleção antinatural da variante.
Esta opção não será encontrada em lugar algum do mundo, é necessário optar, portanto.
Mas qual, uma de duas, ou tentamos um mix de indigenismos ou variantes nacionais ou regionais para contentar ao máximo número de países, sempre com o risco de não ser justo esquecendo de algum, principalmente centro-americanos, ou optamos por dedicar capítulos exclusivos para cada país, tentando ser o mais abrangente possível incluindo peculiaridades de uso características que nos remitam à vida linguística do país no momento.
Do meu ponto de vista, esta é a melhor opção porque a obra tem um princípio e um final. Os temas podem ser distribuídos ao longo da coleção, e é isso que a EspañaAquí faz.
Escolher variedades dialectais com um princípio e um final, quer dizer, aprofundar no idioma e seu uso nos traz um desafio maiúsculo, cada professor deverá reaprender as peculiaridades não próprias da sua, o que pode gerar um certo desconforto, porém, supõe um âmbito de respeito com a diferença, que no nosso idioma, não podemos nos enganar, existe.
Na diferença encontra-se a riqueza, o professor de ELE deve optar e respeitar outros âmbitos de expressão, sem interpretar a importância de um ou de outro, fatores históricos, também econômicos e sociais fazem com que esta riqueza se encaixe nas aulas.
Mais uma vez concordo plenamente. Tomara que todos entendessem que o ensino deve ser global e não regional. Além do mais nossa língua (espanhol) é global e multicultural. Os professores estamos obrigados ao aprendizagem e respeito de todas essas diversidades (hispanoamericanas, africanas e asiáticas).
Jordi, sim, que não seja um motivo de reivindicações locais, mas é inevitável que alguém se sinta esquecido…