O eterno dilema do professor de espanhol

Explicar teoria ou não explicar, explicar muito ou explicar pouco, para que serve a teoria se o que os alunos querem é falar e escrever, principalmente o primeiro, corretamente, se explicamos a teoria, será que no final não nos faltará tempo para exercer a prática, não será mais inteligente deixar, no caso de que tenha que ser inevitávelmente explicada, que o aluno a consolide individualmente quando não tem a possibilidade de interagir junto com o professor ou outros alunos em sala de aula, quer dizer, em ambientes fora de aula, na rede, no lar… Não é uma questão privada ao tempo que a aula é um processo colectivo…

Todos sabemos que o profissional se constrói com um 70% de prática, 20% de interação junto com os outros colegas e com 10% de contraste com a teoria ou os cursos que ele aprendeu.

Estamos falando da importância abrumadora da pragmática nos tempos atuais, também, claro, deve ser levada em conta na sala de aula.

Em sala de aula eu posso quase concordar plenamente com esta distribuição conhecida por todos, não é muito diferente para o profissional que está se fazendo em espanhol, entender que sem contraste, sem exposição ou com muitas regras o equilíbrio que demonstra-se também em outras facetas da vida será muito difícil de acontecer sem se projetar de cheio num mundo dominado pela pragmática.

4 comentários sobre “O eterno dilema do professor de espanhol

  1. Jordi Castillejo disse:

    Totalmente de acuerdo. No hay más que recordar cuántos y cuántos alumnos nos llegan diciendo: “He estudiado español varias veces pero sigo siendo incapaz de hablar y cuando intento escribir un correo no sé por dónde empezar, acabo redactando algo parecido a una traducción de Google”.
    Los profesores de ELE debemos recordar dejar nuestro ego filológico mal entendido fuera de clase y fomentar la comunicación bidireccional e interacción. Somos un instrumento de ayuda para el alumno, no catedráticos de lengua.

    1. Segundo Villanueva disse:

      Algún pellizo te traerán estos comentarios…pero hay que desenmascarar finalmente algo que nos trae de cabeza y que provoca bastantes conflictos entre las Universidades, los cursos de formación de profesores y la tarea de agarrarte un autobús a las 5h30 am para llegar a las 8h00 am a dar una clase a la hora, sin atrasos, darla bien, salir y hacer lo mismo con otro autobús un poco más tarde para volver a repetir la historia 4 ó 5 veces por día, con sol, lluvia, más ganas, menos, más talento por parte de tus alumnos, menos, más interés, menos…

      1. Jordi Castillejo disse:

        Lo sé. Y no me gustaría que se me mal interpretase. No estoy en contra de la formación ¡Faltaría más! Pero sí que reivindico que la enseñanza es un don de saber transmitir. Es mucho de humildad y empatía. De empezar y volver a empezar. De experiencia profesional.
        ¿Cuántos profesores titulados no consiguen que sus alumnos asimilen una asignatura y no aprueben?
        ¿Cuántos alumnos creen que no están capacitados para las matemáticas o la física, hasta que dan con un profesor que se lo explica y hace entender fácilmente?
        A ese don, a esa empatía y humildad me refiero. Difícilmente se aprende en un Master de profesor de ELE.

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