A escola está aberta há um mês praticamente. Mas as aulas presenciais não retornaram ainda.
A resposta está no cotidiano e na percepção individual, longe do shock inicial cabe ao individuo tomar suas decisões, curiosamente, inserido num panorama que quis ser altamente regulador.
Num mundo erradamente dicotómico, hoje o da economia parece prevalecer sobre o das vidas. No início, o argumento de guerra foi o contrário.
Que perigosa foi esta percepção, as vidas com os bons, a economia com os maus, hoje estamos cheios de contradições, já não está tão claro onde está a vida e a morte a supervivência e os limites do risco, qual a sua dimensão no início e agora, o poder da economia na toma de decisões, o riscos dos outros perante o risco próprio.
Professores, alunos e equipe vão determinar o retorno e como, as medidas de segurança são necessárias mas perante o medo implementado em março é difícil que uma máscara, o álcool gel e as fumigações com a intenção de ser altamente efetistas da prefeitura por algumas ruas de São Paulo mas que colheitam ridículos à altura, sejam suficientes para sacoalhar o pânico gerado no início.
Hoje percebemos que naquela época, perante a falta de informação, o medo camuflado de ciência foi a única arma para congelar a população e eliminar mais dores de cabeça das autoridades, que normalmente agem de maneira cara e pouco efetiva pela lentidão e os interesses espúrios, e agora, com mais uma novidade, quase sem responsabilidade.
Voltaremos após um exercício árduo e complexo de tira de aqui puxa de lá, como sempre, por causa de uma concepção parcial, barata e maniquea da complexidade do nosso cotidiano.