Uma das sensações mais agônicas que já experimentei foi quando uma aluna se negou a escrever uma frase porque não entendeu as regras de construção e não se sentia com segurança suficiente como para produzi-la. Foram em vão as tentativas de convence-la de que mais importante do que saber a priori as regras provavelmente seria tentar construir a frase e à partir do resultado analisar de maneira pragmática a produção. Não tive sucesso, a aluna ficou vermelha, pegou o caderno e o livro e foi embora.
A minha mãe me enviou uma sentença na semana passada que dizia o seguinte: é preferível corrigir uma página mal escrita do que uma em branco. Eu concordo plenamente com ela, gostaria que um dia a minha aluna também.
Pois é, concordo plenamente, até porque uma página em branco não dá para corrigir. Não existe, é só uma folha.
Nunca tive uma experiência tão desalentadora, imagino a frustração.
Não se pode ensinar a quem não quer aprender!