Segundo Villanueva / São Paulo, 26 de Setembro de 2022
Segundo Villanueva Fernández / São Paulo, 26 de setembro de 2022
Um aluno me comentou a catástrofe imobiliária de Pinheiros: "sumiram as casinhas dos velhos italianos, no seu lugar, enormes prédios competindo pela maior altura, como cogumelos, brotando cada dia, frescos e prometedores, mais um lote derruído, uma história deixada para trás", me disse. Quando concluiu pensei em não abrir a boca porque eu mesmo sou morador de um champignon surgido 20 anos atrás, pior, quem sabe se aquele que abriu o caminho para os de hoje, o mais surpreendente é que ele também mora em outro parecido, umas quadras acima. Então tomei uma atitude transcendental e me lembrei que 2000 anos atrás, no Génesis (a Bíblia é um locutório do comportamento humano) já advertia das reflexões atuais sobre Pinheiros quando afirmava que sempre vemos o cisco no olho dos outros e não a trave que há no nosso próprio (ver la paja en el ojo ajeno y no la viga en el propio). Nada novo sob o sol.