Segundo Villanueva / São Paulo, 13 de Março de 2023
Segundo Villanueva Fernández. São Paulo, 13 de março de 2023
Anos atrás era uma transgressão comer ovo, continha colesterol do ruim, as galinhas foram penalizadas e a minha mãe começou racionalizar militarmente os que o meu pai jantava com uma métrica ameaçadora.
As Academias de espanhol concluíram 10 anos atrás que era inecessário colocar a tilde em solo quando funcionava como adverbo (como sólo -solamente, únicamente- una vez por día) a diferença do solo adjetivo (como solo -sin nadie, yo y punto- una vez por día) que nunca se acentuou. As duas categorias gramaticales se nivelavam e a tilde foi para o espaço. Era mais fácil nivelar por baixo e tirá-la do que insistir na regra.
Isto gerou confusão (as mudanças gramaticais, ortográficas e fonéticas levantam paixões), os escritores, jornalistas, universitários e o mundo regrado que recria a língua protestou, era necessário dar a Deus o que era de Deus e ao Cesar o que era do Cesar, quer dizer, devolver a tilde ao adverbo para diminuir a confusão da Torre de Babel na qual nos encontrávamos: na semana passada o adverbo recuperou a tilde e tudo ficou em paz. Como o ovo, que agora é muito bom.